quinta-feira, fevereiro 09, 2006

si.len.ci.o

O único silêncio que perturba é aquele que fala.

E fala alto.

É quando não batemos na porta,
não deixamos recados na secretária eletrônica
é quando alguém te liga e você não responde
e mesmo assim ela entende a mensagem.

3 comentários:

Anônimo disse...

Nem sempre.

Anônimo disse...

Imediatamente me veio à cabeça situações em que o silêncio me disse verdades terríveis pois, você sabe, o silêncio não é dado a amenidades. Um telefone mudo.
Um e-mail que não chega.
Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca.
Silêncios que falam sobre desinteresse, esquecimento, recusas.

Quantas coisas foram ditas na quietude, depois de uma discussão?
O perdão não vem, nem um beijo, nem uma gargalhada para acabar com o clima de tensão. Só ele permanece imutável, o silêncio, a ante-sala do fim. É mil vezes preferível uma voz que diga coisas que a gente não quer ouvir, pois ao menos as palavras que são ditas indicam uma tentativa de entendimento.

Cordas vocais em funcionamento articulam argumentos, expõem suas queixas, jogam limpo.
Já o silêncio arquiteta planos que não são compartilhados.
Quando nada é dito, nada fica combinado.

Anônimo disse...

BURP!


(Lorena)