Como dizia Xico Sá, aproveito o barulho da efeméride, o dia dos pombinhos, para tratar das vantagens da solidão.
Que massacre, celulares, fofurinhas, shopping, saco!
Imagina sair por ai e almoçar solamente só, melar os beiços com a solidão de um galeto, e voltar para casa chupando o frio chicabon dos desamparo? Muita gente acha um vexame! Não sabe que é, na maioria das vezes, uma puta vantagem, mas não com esse cardápio, claro, galetinho-gloss ninguém merece.
Como cantarolava o Jorge Ben das antigas, “mas que nada, saia da minha frente que eu quero passar...”
Como diz uma amiga: eu chuto pombinhos nessa data fofinha e querida!
Nada mais elegante do que a solidão tranquila, um trago no balcão do bar, ninguém para encher o saco - a não ser os chatos que se multiplicam por ai, onipresentes, malas, malas, malas. Esses, porém, a gente se livra fácil, não voltam para os nossos lares doces lares.
Não que o amor não seja lindo. Nada disso. “Te amo porra”, bem sabes.
É obvio que vivemos grandes momentos envenenados por Cupido e suas maçãs carameladas.
Mas tou fora de cair no conto do amorzinho a qualquer preço.
De não deixar-se adoecer pela data. A solidão não vende celulares, a solidão está à prova dos truques publicitários, a solidão é revolucionária, a solidão é chique no último, classe!
Aquela coisa de chegar em casa, botar um disco novo, tomar um uísque...
Não se deixe intimidar, amiga, pelos coraçõezinhos de vento que ontem tomaram conta dos tetos das churrascarias, cantinas, bistrozinhos très romantic... Lembre-se das falsas promessas, dos chifres, das decepções, dos amores filhos-da-puta, das falhas de caráter, daquele campeonato atrás do outro, da sogra infernal, das ilusões perdidas...
Solitários e solitárias, esse é o reino da alegria, tudo pode acontecer, não temam, todos às ruas, livremente!
E se não acontecer nem tão breve, foda-se de qualquer jeito a nobre data, bote Rolling Stones bem alto, peça um uísque duplo e mate com força todas as bolas do pano verde. Viver é sinucar-se, sempre!
quarta-feira, junho 13, 2007
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5 comentários:
Apesar de tudo não consigo te esquecer..
Juro que eu queria entender o porquê de as pessoas quererem me provocar tanto?
Apesar de tudo.
Será que é tão difícil olhar para o próprio rabo?
Seja feliz anônimo, eu não tenho quem queira me esquecer. Quando quiser falar algo pessoal, coloque seu nome, e se não tem coragem, o seu pseudo.
Não tente me entender...
Talves não consiga o que quer..
talveS
ahuaauauhauhau
eu me divirto quando venho aqui.rs
bjf
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